UMA REDE NO AR - Os fios invisíveis da opressão em Avalovara, de Osman Lins
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A voz de A personagem , como uma das alegorias do próprio romance, representa o processo dessa estrutura literária em que cada capítulo é composto por vários fragmentos de subunidades entrelaçados de modo que a opressão, a atuação dos militares, a representação dos oprimidos sem voz e sem vida própria ficam submersas na narrativa maior. Abel, personagem-escritor, reflete metaliterariamente em pseudo-diálogos com a personagem
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Você está em Leitura por rotas » Reflexões de Abel ou Ö [R18]
- Avesso à indiferença - da qual desconfio - e fazendo da minha incompatibilidade com os tempos que passam uma espécie de justificativa para o
exercício continuado (e, posso dizer, desesperado) deste ato suspeito e pouco oficial de escrever, continuo ordenando meus artefatos de letras. Procuro entrever e
nomear um fragmento do que jaz sepultado sob as aparências. Assoma, entretanto, nos meus textos conflituosos e híbridos, a História - dissonante, sem
integração possível -, em uma de suas manifestações mais soturnas. Um quisto: cáustico e arbitrário.
- Há textos com preocupações idênticas aos meus, voltados para a decifração e mesmo para a invenção de enigmas (o que também é um modo de
configurar o indizível). Textos realizados com serenidade, e, vistos sob certo ângulo, não contaminados pela opressão.
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