xiguento, dito Alparcatas. Só que, tidos todos repartidos, ainda sobravam nove -serviram para esquadrão adeparte, tomar conta dos burros cargueiros, com petrechos e, mantimentos. O testa deles foi Alaripe, por bom que fosse para tudo ser. Aos esses, mesmo, se comediu obrigação: Quim Queiroz zelava os volumes de balas; o Jacaré exercia de cozinheiro, todo tempo devia de dizer o de comer que precisava ou faltava; Doristino, ferrador dos animais, tratador deles; e os outros ajudavam; mas Raymundo Lé, que entendia de curas e meizinhas, teve cargo de guardar sempre um surrão com remédios. O que, remédio, por ora, não havia nenhum. Mas Zé Bebelo não se atontava: - "Aí em qualquer parte, depois, se compra, se acha, meu filho. Mas, vai apanhando folha e raiz, vai tendo, vai enchendo... O que eu quero é ver o surrão à mão..." O acampamento da gente parecia uma cidade.
Assuntos principais, Zé Bebelo fazia lição, e deduzia ordens. -"Trabucar duro, para dormir bem!" -publicava. Gostadamente: -"Morrendo eu, depois vocês descansam..." -e ria: -"Mas eu não morro. .." Sujeito muito lógico,
A sério, ele me chamava para o lado dele, e ia mandando vir outros -Marcelino Pampa, João Concliz, Diadorim, o urucuiano Pantaleão, e o Fafafa, vice-mandantes. Todos tinham de expor o que sabiam daquele gerais território as distâncias em léguas e braças, os váus, o grau de fundo marimbús e dos poços, os mandembes onde se esconder, os mais fartos pastos. Como Zé Bebelo simplificava os olhos, e perguntando e ouvindo avante. Às vezes riscava com ponta duma vara no chão, tudo representado. Ia organizando
aquilo na cabeça. Estava aprendido. Com pouco,
sabia mais do que nós juntos todos. Bem
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