estava com a raiva tanta, que tudo quanto falava ficava sendo verdade.

-"Pois, então, estamos irmãos... E esses homens?". Os urucuianos não abriram boca. Mas Zé Bebelo rodeou ir todos, nem mando de mão, e declarou forte o seguinte:

-Vim por ordem e por desordem. Este cá e meus exércitos...

Prazer que foi, ouvir o estabelecido. A gente quisesse brigar, aquele homem era em frente, crescia sozinho nas armas.Vez de Marcelino Pampa dizer:

- "Pois assim, amigo, por que é que não combinamos nosso destino? Juntos estamos, juntos vamos."

-"Amizade e combinação, aceito, mano velho. Já, ajuntar, não. Só obro o que muito mando; nasci assim. Só sei ser chefe."

Sobre curto, Marcelino Pampa cobrou de si suas contas. Repuxou testa, demorou dentro dum momento. Circulou os olhos em nós todos, seus companheiros, seus brabos. Nada não se disse. Mas ele entendeu o que cada vontade pedia. Depressa deu, o consumado:

-"E chefe será. Baixamos nossas armas, esperamos vossas ordens..."Com coragem falou, como olhou para a gente outra vez.

-"Acordo!" -eu disse, Diadorim disse, João Concliz disse; todos falaram: -"Acordo!"

Aí Zé Bebelo não discrepou pim de surpresa, parecia até que esperava mesmo aquele voto. -"De todo poder? Todo o mundo lealda ?" -ainda perguntou, ringindo seriedade. Confirmamos. Então ele quase se aprumou nas pontas dos pés, e nos chamou: -"Ao redor de mim, meus filhos. Tomo posse!" Podia-se rir. Ninguém ria. A gente em redor dele, misturando em meio nosso os cinco homens do Urucúia. Adiante: -"Pois estamos: o duro diverso, meu povo. Mas os assassinos de Joca Ramiro vão pagar, com seiscentos-setecentos!..." -ele definiu, apanhando um por um de nós no olhar. -"Assassinos -eles são os Judas. Desse nome, agora, que é o deles..." -explicou João Concliz. -"Arre, vote: dois judas, podemos romper as alelúias! Alelúia! Alelúia! Carne no prato, farinha na cúia!..." - ele aprovou, deu
aquilo feito um viva. Nós respondemos. E assim
era que Zé Bebelo era. Como quando trovejou:
desse trovôo de alto e rasto, dos gerais, entre-