No regular, Zé Bebelo pescava, caçava, dansava as dansas, exortava a gente, indagava de cada coisa, laçava rês ou topava à vara, entendia dos cavalos, tocava violão, assoviava musical; só não praticava de buzo nem baralho -declarando ter receios, por atreito demais a vício e riscos de jogo. Sem menos, se entusiasmava com qual-me-quer, o que houvesse: choveu, louvava a chuva; trapo de minuto depois, prezava o sol. Gostava, com despropósito, de dar conselhos. Considerava o progresso de todos -como se mais esse todo Brasil, territórios -e falava, horas, horas. -"Vim de vez !" -disse, quando retornou de Goiás. O passado, para ele, era mesmo passado, não vogava. E, de si, parte de fraco não dava, nenhão, nunca. Certo dia, se achando trotando por um caminho completo novo, exclamou: -"Ei, que as serras estas às vezes até mudam muito de lugar!. .." -sério. E era. E era mas que ele estava perdido, deerrado de rota, hã, hã. Ah, mas, com ele, até o feio da guerra podia alguma alegria, tecia seu divertimento. Acabando um combate, saía esgalopado, revólver ainda em mão, perseguir quem achasse, só aos brados: -"Viva a lei! Viva a lei!..." - e era o pipoco-paco. Ou: -"Paz! Paz!" -gritava também; e bala: se entregaram mais dois. - "Viva a lei! Viva a lei!..."
Há-de-o, que quilate, que lei, alguém soubesse?
Tanto aquilo, sucinto, a fama correu.
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