sem serventia, só para produzir gastura na gente. -"Bota isso fora, Diadorim!" -eu disse. Ele não contestou, e me olhou de um hesitado jeito, que se eu tivesse falado causa impossível. Em tal, guardou o pedaço de ferro na algibeira. E ficava toda-a-vida com a cabaça nas mãos, era uma cabaça baiana fabricada, desenhada de capricho, mas que agora sendo para nojo. E, como me deu sede, eu peguei meu copo de corno lavrado, que não quebra nunca, e fomos apanhar água num poço, que ele me disse. Era por esconso por uma palmeira - duma de nome que não sei, de curta altura, mas regrossa, e com cheias palmas, reviradas para cima e depois para baixo, até pousar no chão com as pontas. Todas as palmas tão lisas, tão juntas, fechavam um coberto, remedando choupã de índio. Assino que foi de avistarem umas assim que os bugres acharam idéia de formar suas tocas. Aí a gente se curvar, suspendia uma folhagem, lá entrava. O poço abria redondo, quase, ou ovalado. Como no recesso do mato, ali intrim, roda luz verdeja. Mas a água, mesma, azul, dum azul que haja -que roxo logo mudava. A vai, coração meu foi forte. Sofismei: se Diadorim segurasse em mim com os olhos, me declarasse as rodas as palavras? Reajo que repelia. Eu? Asco! Diadorim parava normal, estacado, observando tudo sem importância. Nem provia segredo. E eu tive decepção de logro, por conta desse sensato silêncio? Debrucei, ia catar água. Mas, qual, se viu um bicho -rã brusca, feiosa: botando bolhas, que à lisa cacheavam. Resumo que nós dois, sob num tempo, demos para trás, discordes. Diadorim desconversou, e se sumiu, por lá, por aí, consoante a esquisitice dele, de sempre às vezes desaparecer e tornar a aparecer sem menos. Ah, quem faz isso não é por ser e se saber pessoa culpada?
No que vim para um grupo de companheiros, esses estavam jogando buzo, enchendo folga. Por simples que a companheira da naqueles derradeiros tempos me caceteava com um enjôo, todos eu achava muito ignorantes, grosseiros cabras. Somente que na hora eu queria a frouxa presença deles -fulão e sicrão e beltrão e romão -pessoal ordinário. A tanto. mesmo sem fome, providenciei para mjm uma jacuba, no come-calado. E quis -que até me perguntei -pensar na vida: "Penso?" Mas foi no instante em que todos levantaram as caras: só sendo um rebuliço, acolá, na virada que principiava a vertente -onde é que estavam uns outros, que chamavam, muito, acenando especial. Pois fomos,
ligeiro, ver o que, subindo pelo resfriado.
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