UMA REDE NO AR - Os fios invisíveis da opressão em Avalovara, de Osman Lins

Leitura por estratégia: são recursos estruturais do romance que transcendem a narração seqüencial de ações. Essas estratégias, ao romper com a linearidade da narrativa, estabelecem uma determinada lógica de composição que provoca a busca de sentidos pouco visíveis na ordem do narrado.

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Mobilidade e presentificação

Os sinais gráficos presentes na obra de Osman Lins, a partir de Nove, Novena, chamam a atenção dos leitores por constituírem  recurso narrativo inusitado e por sugerirem indagações e interpretações várias. No caso de Avalovara, a personagem tem sua representação nominal substituída por esse tipo de grafismo.

Em nosso trabalho, pela desmontagem, montagem e  pela mobilidade facultada pelas ferramentas da informática e configurada pelo projeto de design  percebemos nesse recurso gráfico criado por Osman Lins a possibilidade de trazer ao leitor, na folha impressa,  a representação da mobilidade do mundo e, ao mesmo tempo, a condensação e apreeensão de momentos únicos, presentificados, como explicita o Autor: 'Uma determinada visão do universo, um mundo ´presentificado´, sem passado e sem futuro, ou melhor, um imenso presente, que engloba o passado e o futuro.' (LINS, Osman. Evangelho na Taba. São Paulo:Summus, 1979, p. 142). 

A geração da mobilidade e da presentificação é representada, em Avalovara, por algumas alegorias como a cidade, a máquina, o relógio e o palíndromo.

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