UMA REDE NO AR - Os fios invisíveis da opressão em Avalovara, de Osman Lins
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Formação/transformação: a busca de si mesmo Abel alcança a plenitude com Cecília. A trilha traçada é a trajetória para a morte, sendo o corpo de Cecília uma oferta sacrificial. Cecília era o mestre no processo de formação de Abel e sua perda revela a face obscura dele. Abel é tomado por uma profunda raiva que se reflete na descrição amarga, mas eloqüente, do mundo. Liberta-se o escritor em Abel, sua dor abre os portões das palavras. É o primeiro passo para o encontro com aquela que não tem nome e com o paraíso. Cecília completa a missão. |
- Estamos ligados, Abel. Para o bem ou para o mal. Eu não faria isso.
Seja como for, tudo se define. Desposarei Cecília.
O embrião sem nome alcança a plenitude.
Ninguém, até onde o olhar alcança, senão eu, Cecília e o cordeiro.
Tu e a rede, Abel. Por que não mergulhas? Urros apagados de leões.
De súbito, atravesso um pórtico, um limite
falar é nada e ninguém mais me ouve, eu não me ouço, ninguém mais, ninguém.
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