UMA REDE NO AR - Os fios invisíveis da opressão em Avalovara, de Osman Lins

Leitura por alegoria: de uma forma muito geral podemos dizer que alegoria é uma figura de linguagem, um uso retórico da linguagem, como tal utilizada desde Homero, ou a partir dos intérpretes de Homero. Desse ponto de vista, já se percebe a tendência à leitura, pois é o leitor que constrói/desvenda o sentido alegórico. A alegoria tem uma longa tradição de usos, conforme as situações, que levaram os letrados e os teólogos, em grande medida, a lerem sob um texto um outro texto.

Segundo nossa perspectiva, Avalovara contém várias alegorias. Para Osman Lins, o próprio romance é uma alegoria: “Eu ambicionava realizar um texto que, sem limitar-se apenas a isto, expressasse a minha paixão pela escrita e pelas narrativas. Um livro que fosse, no primeiro plano, se assim posso dizer, uma alegoria da arte do romance”. (EVANGELHO NA TABA, p. 175)

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Algumas das alegorias que identificamos como O TAPETE, A CISTERNA, O PÁSSARO, O PALÍNDROMO, O RELÓGIO nos indicam a representação, através dessas formas concretas,  da complexidade de, pelo menos, duas esferas que envolvem o espírito humano: a religiosidade e a arte (no caso, a literatura e outras artes).

O pássaro, na verdade, constitui em Avalovara um símbolo marcante da criação.

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